Villa & Mozart: concerto inaugural da Orquestra Rio Villarmônica

O que acontece quando dois talentosos maestros se juntam a uma produtora criativa em uma mesa de bar em Copacabana? A resposta surpreende: nasce uma orquestra carioca. Foi assim, em uma linda tarde de 27 de janeiro, na Zona Sul do Rio, que os regentes Tobias Volkmann, Mario Barcelos, e a produtora Isabel Zagury resolveram conciliar o amor pela Cidade Maravilhosa e a paixão pela música de concerto, dando luz à Orquestra Rio Villarmônica. Heitor Villa-Lobos, compositor carioca, é o patrono do conjunto e comparece não só no nome da orquestra, mas também no programa do grande concerto de estreia que ela apresenta no dia 11 de junho, na Cidade das Artes. O grupo teve sua fundação em uma data especial, aniversário de Wolfgang Amadeus Mozart, que também é homenageado no espetáculo inaugural.

Presentear o Rio de Janeiro com uma orquestra é de fundamental importância, sobretudo em um contexto pós-pandêmico. Através da música, a Rio Villarmônica pretende trazer um sopro de vida e renovar o cenário cultural, estimulando não apenas o senso de pertencimento dos cariocas, mas também o orgulho pela cidade. A orquestra é formada por talentosos e habilidosos músicos do panorama brasileiro e vai levar aos palcos a tradicional música dos grandes mestres, mas com a leveza e despojamento que são tão característicos do Rio e de seus moradores.

Com uma carreira que já o levou a reger mais de 30 orquestras na Europa, Estados Unidos e América do Sul, o diretor artístico da Rio Villarmônica, Tobias Volkmann, não esconde o entusiasmo e satisfação, considerando o surgimento da orquestra como “produto de uma certa casualidade e de um feliz encontro: duas amizades recentes que fiz se revelaram uma parceria perfeita para a realização de um sonho pessoal, que venho alimentando há algum tempo”. Para Isabel Zagury, diretora de produção, os valores da amizade e a paixão pela música também estão enraizados no coração da orquestra: “Tive a oportunidade de conhecer o Mario e me aproximar do Tobias numa época de pouquíssima produção cultural por causa da pandemia… descobrimos uma amizade com toques musicais e então, resolvemos tirar nossos sonhos dos guardanapos de boteco”. Mario Barcelos, diretor geral do conjunto, destaca a importância do acesso à cultura e lembra que tanto Mozart quanto Villa-Lobos – duas inspirações da orquestra – eram “operários da Arte”.

Assim, através da amizade, da paixão pela música e do amor pela Cidade Maravilhosa, os cariocas e o Rio de Janeiro ganham uma orquestra para chamar de sua.

Programa do concerto inaugural da Orquestra Rio Villarmônica:

Villa & Mozart:
Tobias Volkmann – Direção artística e regência
Tiago Teixeira – Clarineta

Heitor Villa-Lobos:
Bachianas Brasileiras nº 9

Wolfgang Amadeus Mozart:
Concerto para clarineta em lá maior K. 622
Solista – Tiago Teixeira

Wolfgang Amadeus Mozart:
Sinfonia nº 40 em sol menor K. 550

Informações:

  • 11/06/2022, às 19h
  • Teatro de Câmara (Cidade das Artes)
  • Av. das Américas, 5.300, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro – RJ
  • Garanta seu ingresso clicando AQUI

 

Orquestra Rio Villarmônica apresenta Bach, Villa e Piazzolla

 

Em seu segundo concerto, Orquestra Rio Villarmônica apresenta uma nova oportunidade ao público de conhecer sua forma de fazer música: com a liberdade que o carioca traduz tão bem e desde já buscando estabelecer uma tradição de repertório de qualidade.

Neste programa reunimos três compositores aparentemente distintos: Johann Sebastian Bach, Heitor Villa-Lobos e Astor Piazzolla. De diferentes maneiras, sua obra está conectada pela influência de outro gênio da música: o veneziano Antonio Vivaldi. 

Bach teve contato com a música de Vivaldi, muito difundida e admirada na primeira metade do século XVIII, e transcreveu alguns de seus concertos para instrumentos de teclado, como o cravo e o órgão. Esta era a maneira da época de estudar a música de um grande mestre: copiar ou transcrever. É muito provável que Bach e seus filhos tenham executado várias obras de Vivaldi na Alemanha. O Concerto de Brandemburgo nº 3 que apresentaremos traz muitos elementos dos concerti grossi, gênero musical extremamente virtuosístico do qual Vivaldi foi o grande mestre.

Vivaldi e Bach praticamente caíram no esquecimento logo após sua morte, fruto das rápidas mudanças no gosto musical da época. Ainda assim, é inegável a influência na música dos grandes gênios que os seguiram, como Mozart e Beethoven. O interesse por suas obras ressurgiu muito tempo depois e passou a influenciar novas gerações de compositores, inclusive no século XX, como foi o caso do nosso Heitor Villa-Lobos. Sua série Bachianas Brasileiras é uma prova inconteste. A destreza de Villa ao incorporar elementos da música brasileira ao estilo bachiano nos brindou com nove obras-primas, sendo a de nº 5 a mais conhecida. É justamente esta inesquecível melodia que a Villarmônica apresenta na voz de Ludmilla Bauerfeldt, a grande voz brasileira do momento.

Por fim trazemos o argentino Astor Piazzolla – assim como Villa, o mais conhecido compositor de seu país. Suas Cuatro estaciones porteñas são o “alter ego tanguero” das famosas estações de Vivaldi. Essas obras foram escritas em separado e, depois de prontas, convencionou-se apresentá-las em conjunto. Originalmente escritas para conjunto de tango (bandoneón, piano, violino e contrabaixo), o arranjo para orquestra de cordas e solista aponta ainda mais para o concerto grosso como gênese dessas obras.

Ambos Villa e Piazzolla não tiveram reconhecimento imediato em seus países de origem. Especialmente Piazzolla, por seus experimentos, era considerado um herege pelos compositores puristas do tango tradicional. Mas o tempo tratou de mostrar como artistas com a coragem, criatividade e inovação associadas à inspiração em grandes obras de arte do passado podem nos oferecer novas maravilhas da música!

 

Programa

Mario Barcelos, direção musical e regência
Ludmilla Bauerfeldt, soprano
Luísa de Castro, violino

Johann Sebastian Bach (1685-1750)
Concerto de Brandenburgo nº 3 em sol maior BWV 1048
I. [Allegro]
II. Adagio
III. Allegro

Heitor Villa-Lobos (1887-1959)
Bachianas Brasileiras nº 5 para soprano e orquestra de violoncelos
Aria / Cantilena
Dança / Martelo

Astor Piazzolla (1921-1992)
Cuatro estaciones porteñas
Arranjo para violino solista e orquestra de cordas de Leonid Desyatnikov

 

Informações

Data – 20/08/2022
Hora – 19h
Local – Teatro de Câmara – Cidade das Artes Bibi Ferreira
Endereço – Av. das Américas, 5.300, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro – RJ
IngressoClique aqui